Às vezes, ser cego é enxergar além.
Sentir
As saliências do seu semblante desbotado
O bálsamo da matiz púrpura de seus olhos
O volume inesperado de tua boca
Ilumina
A paisagem do meu olhar
O breu do que vejo
Que se colore nos devaneios contidos em você
Vejo
O sentimento tão aguardado
Impossibilitado tantas vezes
Pelo conceito pré-deformado
Comportas
O meu mundo em desejos profundos
Profanas alegrias
Clareiam o mais inóspito dia
Enceta
A vida tão resguardada
Hirta pela luz, claridade que falta
Assustada pela cor que tinge minha alma
Aprendi
Que sobrevivendo vou aprendendo a sobreviver
E que sobre viver
É viver vivendo intensamente sem saber
Concluí
Que a luz que me falta não faz morrer
Pois a luz que importa, ilumina e salta aos olhos de viver
Está bem a frente...está em você
E eu aprendi que vivendo vou aprendendo a me deixar aprender...
ResponderExcluir... porque para enxergar certas coisas é necessário descobrir como avistar além do que se pode ver.