quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Liberdade Cativa



Na esperança da liberdade da entrega
Mas preso nos temores deformados pelo tempo
Questionando as certezas da espera
Certamente duvidosas geram medo

Clareando o breu da alma
Faltando o que antes era sobra
Sobrando o que agora mata
Auspicioso continuo na entrega

Entregando o que mais me afeta
Afetivamente preso na liberdade que auferi
Displicente ao que se passa ao redor
Mas consciente ao que se passa em mim

Hoje liberto nos desígnios que hoje pelejo
Mas cativo nos anseios presos a mim
Criados pela certeza que hoje vejo
Mas ainda esperançoso na liberdade que sinto em ti

Tendo certeza do que hoje almejo
Tão certo do que apeteço
Tão clara como a luz que cega
É a dúvida que tudo isso acarreta

Nada mais intenso me inspira
Do que a liberdade cativa

segunda-feira, 7 de abril de 2014

OUTRO MUNDO


Hoje
Repeti o mesmo mundo....no fim
Viver de amor....e depois
Morrer brandamente em mim

Outro castelo recriei
Após rochas caírem
Até a pintura borrei
Com as mais belas alvitres

Agora procure o que te desperta
O que te deixa em alerta
O que queima, mas não arde
O que, mesmo no fim, nunca é tarde

O que ficou para trás
São esfumaturas embranquecidas
Perde-se o tom da tinta
Mas não a importância adquirida

Pois mesmo manchas abstrais
Ainda borram a pintura que já fora
A vida em sete cores iniciais
Torna-se cinza, diferente de outrora

E não segui seus passos
Preferi os meus
Eram mais suaves
E livres do que os teus

Pesadas eram as rédeas
Que determinavam a direção
Dos raios e das pedras
Que atingiam o coração

Amanhã
Vou reinventar outro mundo.....se der
Morrer de amor....e depois
Ressuscitar num domingo qualquer

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A BRECHA





Tanto tempo sem escrever
Tudo por fazer
Me preocupa a falta criativa
Ou seria a sobra com falta de tentativa

Tanto trabalho à prescrever
Me subestima sua tentativa
Ou seria a falta do que fazer
Para fazer faltar minha sobra criativa

Soberba militância a sua
Só não arquitetava o que acontecia
Enquanto pairava no ar a falta criativa
A cabeça cheia de sobras esperava a tentativa

Finalmente me deu a brecha
Agora pairam no papel as sobras criativas
Falhou sua tentativa
Findou, por não arquitetar o que acontecia

Não volto plenamente, pois há trabalho à prescrever
Quase tudo por fazer
Porém, já não me preocupa a falta criativa
Sei que são sobras esperando a tentativa
Dê brecha para você vê