segunda-feira, 7 de abril de 2014

OUTRO MUNDO


Hoje
Repeti o mesmo mundo....no fim
Viver de amor....e depois
Morrer brandamente em mim

Outro castelo recriei
Após rochas caírem
Até a pintura borrei
Com as mais belas alvitres

Agora procure o que te desperta
O que te deixa em alerta
O que queima, mas não arde
O que, mesmo no fim, nunca é tarde

O que ficou para trás
São esfumaturas embranquecidas
Perde-se o tom da tinta
Mas não a importância adquirida

Pois mesmo manchas abstrais
Ainda borram a pintura que já fora
A vida em sete cores iniciais
Torna-se cinza, diferente de outrora

E não segui seus passos
Preferi os meus
Eram mais suaves
E livres do que os teus

Pesadas eram as rédeas
Que determinavam a direção
Dos raios e das pedras
Que atingiam o coração

Amanhã
Vou reinventar outro mundo.....se der
Morrer de amor....e depois
Ressuscitar num domingo qualquer