Na esperança da liberdade da entrega
Mas preso nos temores deformados pelo tempo
Questionando as certezas da espera
Certamente duvidosas geram medo
Clareando o breu da alma
Faltando o que antes era sobra
Sobrando o que agora mata
Auspicioso continuo na entrega
Entregando o que mais me afeta
Afetivamente preso na liberdade que auferi
Displicente ao que se passa ao redor
Mas consciente ao que se passa em mim
Hoje liberto nos desígnios que hoje pelejo
Mas cativo nos anseios presos a mim
Criados pela certeza que hoje vejo
Mas ainda esperançoso na liberdade que sinto em ti
Tendo certeza do que hoje almejo
Tão certo do que apeteço
Tão clara como a luz que cega
É a dúvida que tudo isso acarreta
Nada mais intenso me inspira
Do que a liberdade cativa